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07/09/2009

hummm

Falta-me o pão!
Falta-me tanto e tão pouco
Falta-me o chão.
Eu não lhe chamo fome!
Chamo-lhe angústia de quem não come.

15/07/2009

PJC.09

Eu que recolho pedaços de vidas
Passo os meus dias…registando
Exaustivamente…
Marcando, ensacando, etiquetando
Restos de pó e de sombras
Esmiuçando …
Até ao ínfimo pormenor
Muito cientificamente
Seguindo o método imposto
Sigo as pistas…o rasto
Tal qual um cão farejador
E assim, do chão e do lodo
Se vai construindo
O meu futuro e o nosso passado.

12/07/2009



Uma pequenina libelinha

02/06/2009

Despedida

Este vento agreste no rosto
É igual ao ventre do meu peito
Frio e agreste sem rubor
Austeridade no gesto
Igual na dor

Queda de uma Fenix

Emoções fortes
Marcam-nos como ferros quentes
Em brasa...
Ficam cravados no peito
E não há tempo
E nem uma vida inteira
Que façam passar amargura
Do que podia ter sido feito
Já não há vida no corpo!
Dizem-me que tudo passa…
Mas hoje não … os dias são tristes

1 de Junho

Atiras rebuçados
Num gesto lesto, lançados ao ar.
De sabores doces e amargos
Embrulhados em papel arco-íris
Olhas para mim e sorrís
E eu, de mãos abertas, suspensas no ar
Não me canso de por ti esperar
Hoje, amanhã e… depois
Nunca hesitar.
Voltarei, sempre, ao teu chamar
Com mesmo brilho no olhar.

19/03/2009



Uma oferta da minha amiga " Margarida"

obrigada

18/03/2009

sms

Surges quando não espero
Como o vento
Vindo d`oriente
E trazes contigo
Aromas quentes
E promessas veladas
Sussurras doces palavras
O desejo subentendido
Desinquieta todo meu mundo
E, sinto o gosto
E o travo amargo
A maresia;
Mas como o vento
Tu voas livremente
És puro;
Verdadeira essência
Não te prendes
Nem aprisionas.

Chorinho

Queres um poema
Que fale de Amor;
Ai! Sobre esse tema…
Quantas rimas
Tantas quadras
Sei eu, de cor!
Mas nenhuma
Que eu possa dizer
Ou escrever
Falará da dor
Do imenso sofrer
De te querer
E de não te poder ter.

fifi

Miau… miau
Diz o gato
É giro…
Todo riscado!
O malandro…
Dengoso
Sabido…
Todo jeitoso.
Miau …miau….miau…
Todo emproado,
Está calado!
Não é mudo
Mas parece surdo;
Em noites de Janeiro
Em luares Fevereiro
Não canta fado
Canta miauuuuuuuufado,
O jeitoso
Do raio do gato
Que esta deitado
Mesmo aqui, ao lado
Com olho aberto
E outro fechado.

01/03/2009

Tenho o coração na garganta
E a garganta na ponta dos dedos
E quando tento escrever…
Emudeço.
E dissipo-me… por entre
Os meus mais profundos medos
E assim… nada do que escrevo resulta
E tudo o que sinto… fica por dizer.

20/02/2009

Desempregados

Foram banidos,
Riscados, rasurados
Do mercado de trabalho
Ao que parece, já não são necessários
Agora são: Desempregados.
Aos milhares
Homens e Mulheres
Em comum: o desespero,
Cozido em lenta agonia
Sem trabalho, sem dinheiro
Foi-se o brio, foi-se o orgulho.
Confrontam-se com eminente miséria
São como, pequenas almas penadas,
Procurando por respostas.
Em vão…
Ninguém lhes dá mão.
Onde estás velha nação?
Não nos deste educação
E hoje, negas-nos o pão.

Memória

Se ao menos eu pudesse…
Parar o tempo.
Voltar atrás …
E mudar, um só instante…

E dizer não!
Mudar de opinião!

Se ao menos chorasse…
Se ao menos desesperasse…
Se ao menos estes os meus lamentos
Me fizessem sentir, menos …

Culpa.
Que me invade em catadupa
E se entranha e me devora
Mesmo agora, nesta hora.

Tudo o que ficou lá atrás…
Me parece, tão, presente.
Vivo o peso do remorso
Porque é que eu não esqueço?

Vou parar.
E dizer não!
Mudar de opinião

29/01/2009

O tempo do teu tempo

Querias tu, que eu fosse
Presença fiel, nas tuas horas mais duras
Mas eu nasci a sonhar, com outras terras
Com miragens…
Com mil e uma paragens
E também tenho o dever
De ser;
Quem eu bem entender!
Não suporto grilhões nem amarras!
Não quero! Não gosto!
E mesmo que pudesse…
Não quero!
Viver assim…
Supostamente… fiel e dedicada...
Queres viver,
Através de mim,
Por mim
Tudo aquilo que perdeste.
Quem te deu esse direito?
Existes tu,
Existo eu…
Será que não prendeste nada?
Nascemos e morremos sós!
É o que temos de mais certo.
Bem sei, tens medo da morte
Não adianta fingires.
Eu compreendo, mas nao aceito!
Que sejas tu, o meu algoz.

Resposta Breve

Ajoelho-me e grito!
Bem lá pró fundo,
Para dentro do infinito,
Toda a raiva;
A fúria contida,
E imóvel … eu espero…
Pacientemente aguardo…
Que esse tal sujeito;
O eco …. Eco …
Me responda
Me devolva
Bem lá do fundo
Do infinito,
As perguntas
Em respostas
Há dois minutos …
Nada!
E tantos segundos…
Agora passados
Nada vezes nada!
Pesados silêncios
É tudo o que ouço
Deste sítio inócuo
Despojado de sentido
Ajoelho-me e grito bem alto!
Já não sinto!
Nem sequer um sopro
Uma réstia de vida.