Falta-me o pão!
Falta-me tanto e tão pouco
Falta-me o chão.
Eu não lhe chamo fome!
Chamo-lhe angústia de quem não come.
07/09/2009
hummm
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15/07/2009
PJC.09
Eu que recolho pedaços de vidas
Passo os meus dias…registando
Exaustivamente…
Marcando, ensacando, etiquetando
Restos de pó e de sombras
Esmiuçando …
Até ao ínfimo pormenor
Muito cientificamente
Seguindo o método imposto
Sigo as pistas…o rasto
Tal qual um cão farejador
E assim, do chão e do lodo
Se vai construindo
O meu futuro e o nosso passado.
Postado por rose às 03:50 0 comentários
12/07/2009
02/06/2009
Despedida
Este vento agreste no rosto
É igual ao ventre do meu peito
Frio e agreste sem rubor
Austeridade no gesto
Igual na dor
Postado por rose às 15:34 0 comentários
Queda de uma Fenix
Emoções fortes
Marcam-nos como ferros quentes
Em brasa...
Ficam cravados no peito
E não há tempo
E nem uma vida inteira
Que façam passar amargura
Do que podia ter sido feito
Já não há vida no corpo!
Dizem-me que tudo passa…
Mas hoje não … os dias são tristes
Postado por rose às 15:24 0 comentários
1 de Junho
Atiras rebuçados
Num gesto lesto, lançados ao ar.
De sabores doces e amargos
Embrulhados em papel arco-íris
Olhas para mim e sorrís
E eu, de mãos abertas, suspensas no ar
Não me canso de por ti esperar
Hoje, amanhã e… depois
Nunca hesitar.
Voltarei, sempre, ao teu chamar
Com mesmo brilho no olhar.
Postado por rose às 15:01 0 comentários
19/03/2009
18/03/2009
sms
Surges quando não espero
Como o vento
Vindo d`oriente
E trazes contigo
Aromas quentes
E promessas veladas
Sussurras doces palavras
O desejo subentendido
Desinquieta todo meu mundo
E, sinto o gosto
E o travo amargo
A maresia;
Mas como o vento
Tu voas livremente
És puro;
Verdadeira essência
Não te prendes
Nem aprisionas.
Postado por rose às 14:40 1 comentários
Chorinho
Queres um poema
Que fale de Amor;
Ai! Sobre esse tema…
Quantas rimas
Tantas quadras
Sei eu, de cor!
Mas nenhuma
Que eu possa dizer
Ou escrever
Falará da dor
Do imenso sofrer
De te querer
E de não te poder ter.
Postado por rose às 13:59 0 comentários
fifi
Miau… miau
Diz o gato
É giro…
Todo riscado!
O malandro…
Dengoso…
Sabido…
Todo jeitoso.
Miau …miau….miau…
Todo emproado,
Está calado!
Não é mudo
Mas parece surdo;
Em noites de Janeiro
Em luares Fevereiro
Não canta fado
Canta miauuuuuuuufado,
O jeitoso
Do raio do gato
Que esta deitado
Mesmo aqui, ao lado
Com olho aberto
E outro fechado.
Postado por rose às 10:13 1 comentários
01/03/2009
Tenho o coração na garganta
E a garganta na ponta dos dedos
E quando tento escrever…
Emudeço.
E dissipo-me… por entre
Os meus mais profundos medos
E assim… nada do que escrevo resulta
E tudo o que sinto… fica por dizer.
Postado por rose às 14:46 1 comentários
20/02/2009
Desempregados
Foram banidos,
Riscados, rasurados
Do mercado de trabalho
Ao que parece, já não são necessários
Agora são: Desempregados.
Aos milhares
Homens e Mulheres
Em comum: o desespero,
Cozido em lenta agonia
Sem trabalho, sem dinheiro
Foi-se o brio, foi-se o orgulho.
Confrontam-se com eminente miséria
São como, pequenas almas penadas,
Procurando por respostas.
Em vão…
Ninguém lhes dá mão.
Onde estás velha nação?
Não nos deste educação
E hoje, negas-nos o pão.
Postado por rose às 15:48 1 comentários
Memória
Se ao menos eu pudesse…
Parar o tempo.
Voltar atrás …
E mudar, um só instante…
E dizer não!
Mudar de opinião!
Se ao menos chorasse…
Se ao menos desesperasse…
Se ao menos estes os meus lamentos
Me fizessem sentir, menos …
Culpa.
Que me invade em catadupa
E se entranha e me devora
Mesmo agora, nesta hora.
Tudo o que ficou lá atrás…
Me parece, tão, presente.
Vivo o peso do remorso
Porque é que eu não esqueço?
Vou parar.
E dizer não!
Mudar de opinião
Postado por rose às 14:14 1 comentários
29/01/2009
O tempo do teu tempo
Querias tu, que eu fosse
Presença fiel, nas tuas horas mais duras
Mas eu nasci a sonhar, com outras terras
Com miragens…
Com mil e uma paragens
E também tenho o dever
De ser;
Quem eu bem entender!
Não suporto grilhões nem amarras!
Não quero! Não gosto!
E mesmo que pudesse…
Não quero!
Viver assim…
Supostamente… fiel e dedicada...
Queres viver,
Através de mim,
Por mim
Tudo aquilo que perdeste.
Quem te deu esse direito?
Existes tu,
Existo eu…
Será que não prendeste nada?
Nascemos e morremos sós!
É o que temos de mais certo.
Bem sei, tens medo da morte
Não adianta fingires.
Eu compreendo, mas nao aceito!
Que sejas tu, o meu algoz.
Postado por rose às 12:59 3 comentários
Resposta Breve
Ajoelho-me e grito!
Bem lá pró fundo,
Para dentro do infinito,
Toda a raiva;
A fúria contida,
E imóvel … eu espero…
Pacientemente aguardo…
Que esse tal sujeito;
O eco …. Eco …
Me responda
Me devolva
Bem lá do fundo
Do infinito,
As perguntas
Em respostas
Há dois minutos …
Nada!
E tantos segundos…
Agora passados
Nada vezes nada!
Pesados silêncios
É tudo o que ouço
Deste sítio inócuo
Despojado de sentido
Ajoelho-me e grito bem alto!
Já não sinto!
Nem sequer um sopro
Uma réstia de vida.
Postado por rose às 12:41 0 comentários